Vamos ser sinceros: você já deixou a primeira marcha engatada enquanto espera o semáforo abrir. Ou, no mínimo, já presenciou alguém usar a embreagem para “segurar” o carro na ladeira. As duas práticas não são recomendadas, pois podem trazer dados ao sistema. Outro porém: os custos para conserto são altos.
A embreagem é o elemento de conexão entre o motor e o câmbio. Esse conjunto peças é responsável por transmitir a força produzida pelo motor para a caixa de transmissão.
Ele é composto por peças como o disco de embreagem, platô (placa de pressão), rolamento, cabo de aço ou sistema hidráulico, e, é claro, o pedal esquerdo da embreagem.
De acordo com Valter Nishimoto, engenheiro mecânico e consultor da Autoesporte, toda vez que você aciona o pedal da embreagem, desacopla o volante do motor do câmbio. O rolamento, responsável por empurrar o platô, começa, então, a girar com força.
Até aí, tudo bem! O problema surge quando o motorista decide pressionar o pedal por muito tempo, já que o sistema foi desenvolvido para funcionar por apenas alguns segundos. O carro não foi preparado para essa ação e as peças começam a se desgastar de forma prematura por causa do atrito em excesso. A vida útil das peças diminui, já que ficam quentes e perdem lubrificação.
Depois que os itens estiverem gastos, o mecânico não consegue inspecionar o problema visualmente, pois o conjunto está fechado dentro de uma caixa.
Segundo o engenheiro Rubens Venosa, da oficina Motor Max, em São Paulo, o motorista tem condições de perceber o sintoma: o carro com embreagem gasta perde força. O motor gira em falso sem transmitir a força do motor para o câmbio.
A solução é substituir o conjunto todo – manutenção que pode custar entre R$ 350 e R$ 700 em um carro popular – isso sem contar o custo da mão de obra. Com atitudes certas, o conjunto da embreagem pode durar, em média, de 100 mil a 150 mil quilômetros.
Fonte: Auto Esporte